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Deputadas destacam importância da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã

A Secretaria da Mulher e a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados lançaram nesta quinta-feira (23) a publicação “Declaração ...

23/09/2021 às 17h57
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Capa da obra traduzida - (Foto: Reprodução)
Capa da obra traduzida - (Foto: Reprodução)

A Secretaria da Mulher e a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados lançaram nesta quinta-feira (23) a publicação “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã e outros textos”, tradução de Cristian Brayner do original francês de Olympe de Gouges, considerada referência do movimento pela emancipação feminina em todo o mundo.

Em 2021, celebram-se os 230 anos do texto, que foi originalmente publicado dois anos depois do início da Revolução Francesa (1789). E, para resgatar a contribuição histórica que Olympe de Gouges deu à luta das mulheres por direitos igualitários, as secretarias resolveram lançar o livro.

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Secretária de Relações Internacionais da Câmara, Soraya Santos (PL-RJ) explicou a importância da obra. "É considerada um marco na luta das mulheres. Foi encaminhada à Assembleia Nacional da França para que fosse aprovada, como havia ocorrido com a Declaração dos Direitos do Homem."

A deputada Margarete Coelho (PP-PI), que representou a bancada feminina no evento, também salientou a importância de Olympe de Gouges, que foi acusada de ser uma mulher perigosa e foi decapitada na França. É dela a frase "Se a mulher pode subir ao cadafalso, também pode subir a tribuna". Para a parlamentar, Olympe pode inspirar a luta das mulheres, que sofrem diferentes tipos de violência.

"Olympe ainda no século 18 lutava pelos direitos da mulher. E lutava não como ativista - não que ser ativista seja pouco -, mas Olympe lutava com armas do Direito. Olympe reivindicava direitos políticos, direitos de patrimônio e direitos civis para as mulheres", afirmou.

A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), lembrou que em 2022 se completam 90 anos que a brasileira conquistou o direito ao voto. "E ainda hoje estamos lutando, nesta Casa, para continuarmos no espaço de poder, porque a situação nossa com a reforma eleitoral é um retrocesso", avaliou.

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Espaço igualitário
Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA) também frisou que graças a mulheres como Olympe de Gouge as mulheres conquistaram direitos políticos. "Infelizmente ainda temos muito a conquistar. Estamos longe de atingir uma igualdade satisfatória, de erradicar a violência contra a mulher. Isso só será possível quando estivermos de forma igualitária em todos os espaços de poder, de decisão e de liderança", observou.

Uma das três mulheres que compõem a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a segunda secretária, Marília Arraes (PT-PE), lembrou que, embora representem metade da população, as mulheres só ocupam 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados, e ressaltou que é essencial a presença das mulheres no Parlamento para a aprovação de matérias que garantem os direitos delas, como no caso da recente aprovação da proposta que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes de baixa renda da rede pública de ensino, para mulheres em situação de vulnerabilidade e detentas.

"Um tema que se a gente tivesse mais mulheres nesses espaços de poder e decisão, sem dúvida não seria nem alvo de debate. Se a gente fosse meio a meio, como deveria ser, para quê existir um projeto de lei, seria natural haver essa distribuição de absorventes para qualquer mulher que precisasse, porque é algo da natureza da mulher", disse.

A embaixadora da França Brigitte Collet também participou do evento. "Olympe de Gouge considerava que a ignorância, o menosprezo e o esquecimento dos direitos da mulher são as causas das desgraças públicas. O evento de hoje é uma homenagem admirável à sua memória, bem como a todas as mulheres que lutaram pelos valores do feminismo", destacou.

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