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Ainda sob efeito da pandemia, aposta do mercado é no turismo de proximidade

Insegurança e inflação estimulam viagens a destinos mais próximos e baratos. Para Pantalica Partners, empresa de gestão estratégica, essa é uma opo...

14/03/2022 às 20h35
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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A indústria do turismo, nitidamente uma das mais atingidas pela crise da Covid-19, segue em constante e lenta recuperação. No entanto, se por um lado as viagens internacionais ainda estão distantes de seu auge, as viagens domésticas estão mais próximas da desejada normalidade. Para a European Travel Commission (ETC), por exemplo, o turismo doméstico deve superar o patamar pré-pandemia já em 2022, mas o internacional só deve alcançá-lo em 2024.

Essa tendência já pode ser observada no Brasil. Dos 2,94 milhões de passageiros que estiveram em janeiro no Aeroporto de Guarulhos, o maior do País, 2,32 milhões tinham adquirido passagens para voos nacionais - recuo de 21,4% na comparação com 2020. A queda de passageiros internacionais, porém, é muito maior: 51%.

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Existem muitos fatores que explicam esse movimento, das mais aparentes, como as restrições impostas à chegada de turistas estrangeiros, às mais sensíveis, como a própria insegurança das pessoas de se contaminarem em um país que pouco conhecem. Há ainda a onda inflacionária que atinge todo o mundo e reduz o poder de compra, desestimulando viagens mais longas e caras, afirma Salvatore Milanese, sócio-diretor da empresa de gestão estratégica Pantalica Partners.

Para ele, tudo indica que 2022, tal qual 2021, será o ano do turismo de proximidade, e essa é uma excelente oportunidade para que o Brasil fomente e desenvolva o seu mercado. "É preciso olhar com muita atenção toda a cadeia do turismo, de companhias de transporte e agências de viagem a hotéis, teatros e restaurantes. Se o trabalho for bem feito, mesmo com a volta à normalidade, é possível que esse fluxo temporário se torne permanente".

Na visão do especialista, os seguintes pontos, se aprimorados, poderiam ter impacto imediato:

? Instruir e apoiar players e trabalhadores locais. Não só em relação à gestão do negócio ou atendimento, mas também para que eles saibam como calibrar a oferta com a demanda, a qualidade do serviço com o preço cobrado.

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? Melhora de infraestrutura, organização e comunicação. Os resorts atraem muitos turistas por se destacaram nessas questões. É preciso que essas qualidades se expandam para toda a comunidade local, de locais de passeio a pequenos estabelecimentos.

? Publicidade institucional. Deve-se coordenar campanhas de comunicação assertivas, que destaquem pontos muito valorizados em período de pandemia, como sustentabilidade e farta disponibilidade de atividades outdoor.

? Segurança e praticidade. Os restaurantes precisam seguir à risca os melhores protocolos de higiene. E as pousadas e hotéis podem dispor de salas reservadas e wi-fi de qualidade para os hóspedes que eventualmente precisem trabalhar.

"De certa forma, há uma acirrada batalha entre os países de todo o mundo para atrair mais turistas. E essa é uma batalha na qual o Brasil tem muito a melhorar e que pode começar, justamente, pelo incentivo ao turismo doméstico e, depois, avançar no internacional", conclui Milanese.

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