“É com grande satisfação que a gente recebe esse convite da governadora para estar aqui. Isso é uma forma de reconhecimento para nós que trabalhamos”. A fala de Carlos Alexandre expressa a emoção dos operários que atuaram na restauração do Teatro Alberto Maranhão (TAM). Depois de seis anos fechado para reforma, a reabertura do prédio centenário aconteceu nesta sexta-feira (17), com um espetáculo direcionado estritamente aos trabalhadores das obras e seus familiares. Para a grande maioria dos trabalhadores, é a primeira vez que frequentam um teatro.
“Essa pré-estreia tem a marca de um governo realmente de perfil popular. O primeiro espetáculo é dedicado aos operários, aos trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa reestruturação”, ressaltou a governadora Fátima Bezerra.
Parafraseando a letra da música “Cidadão”, poeta baiano Lúcio Barbosa, interpretada em sessão especial de reabertura do TAM por Genildo Costa, o Governo do Rio Grande do Norte abre as portas para os trabalhadores que puseram a massa, fizeram cimento e ajudaram a rebocar uma obra de imensa relevância para a cultura e para a história do Estado.
“Nós estamos quebrando paradigmas ao abrir o Templo da Cultura do Estado justamente para os trabalhadores. Algo que começa hoje mas continua, porque todos os espetáculos, todos os eventos que foram de responsabilidade da Fundação José Augusto nós garantimos cotas de ingressos para alunos de escolas públicas”, afirmou o presidente da Fundação José Augusto (FJA), Crispiniano Neto.
A sessão especial contou com os shows de Jessier Quirino e Forró Meirão, além da interpretação por Genildo Costa das canções “No Brasil de Canto a Canto tem suor Nordestino”, do poeta potiguar Antônio Francisco, e “Cidadão”, do poeta baiano Lúcio Barbosa que foi eternizada na voz de Zé Geraldo. Aécio Cândido, recitou “O Operário em construção”, de Vinícius de Morais, e o poeta Antônio Francisco também se apresentou.
A restauração do TAM custou R$ 2,5 milhões viabilizados pelo acordo de empréstimo junto ao Banco Mundial. E, pela primeira vez, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) fiscalizou as obras, para garantir a preservação da história do teatro.
História
O Teatro Alberto Maranhão foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte. Inicialmente chamado de Teatro Carlos Gomes, começou sua construção em 1898, sendo inaugurado pelo Governador Alberto Maranhão em 24 de março de 1904.
Em 1957, então denominado de Teatro da Municipalidade, o prefeito de Natal, Djalma Maranhão mudou seu nome para Teatro Alberto Maranhão.
Em mais de cem anos de existência, o TAM recebeu os maiores nomes da dança, música e dramaturgia, sendo considerado por artistas nacionais como um dos mais belos teatros públicos do Brasil.
Programação
Além da sessão especial para os operários que atuaram nas obras do prédio, antes da abertura oficial para o público, será realizada uma solenidade oficial no sábado (18), a partir das 19h, com a presença de autoridades e convidados.
Com uma programação gratuita até o dia 23, o primeiro evento aberto ao público ocorre domingo (19), às 18h. Os ingressos são gratuitos e precisam ser retirados pelo site Sympla.
17/12 - Horário: 17h - Espetáculo para os operários do TAM
18/12 - Horário :19h - Solenidade oficial de reabertura
19/12 - Horário: 18h - Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do RN
20/12 - Horário: 19h - Mostra de curtas-metragens da Lei Aldir Blanc RN
21/12 - Horário: 19h - Cantata Brincante do Sesc
22/12 - Horário: 19h - Quarta da Dança
23/12 - Horário: 19h - Ópera “O Empresário” – Grupo Lyricus
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