Ao tentar engravidar pela segunda, alguns casais podem ser surpreendidos pela infertilidade secundária, ou seja: a dificuldade de conseguir a gestação com a mesma facilidade de antes.
O fato de terem um filho anteriormente não garante que as próximas concepções serão tão fáceis e rápidas como da primeira vez. Isso pode acontecer porque condições diversas — como idade, disfunções de órgãos reprodutores femininos ou masculinos e problemas de saúde — podem comprometer a fertilidade de um casal.
O que é infertilidade secundária?
Não é preciso se alarmar depois de diversas tentativas frustradas para engravidar, pois isso não significa que o casal apresenta infertilidade secundária.
Normalmente, um ciclo apresenta cerca de 20% de chances de concluir um processo de fecundação em casais férteis.
Caso o casal perceba que o período para concretizar a fecundação esteja se estendendo além do habitual, deve se consultar com um especialista para verificar se há infertilidade secundária, ou seja, verificar se algum fator impede a fecundação do segundo filho.
Outros indicativos de que algo não vai bem na reprodução humana são ciclos menstruais desregulados, abortos espontâneos ou diagnósticos de doenças sexuais.
Causas
O fato de ter passado por uma gravidez anterior faz com casais imaginem que não terão dificuldades em engravidar novamente, porém algumas condições podem prejudicar essa performance. São elas:
A essas características fisiológicas, somam-se mais fatores que influenciam na infertilidade secundária — como o estilo de vida do casal, obesidade, uso de medicamentos e abuso de tabaco e álcool.
Visando um diagnóstico preciso, o especialista solicitará exames para analisar as funções dos aparelhos reprodutores femininos e masculinos.
Similar à investigação feita em qualquer caso de infertilidade, a mulher fará exames hormonais, de ultrassom e de ovulação para verificar possíveis disfunções na estrutura do útero ou trompas.
No homem, analisa-se a quantidade e qualidade dos espermatozoides com exames de espermograma e de mobilidade. Exames de sangue também buscarão por doenças pontuais no casal.
Tratamentos
A partir da identificação do problema, algumas soluções serão apontadas dentro dos tratamentos de reprodução humana, de acordo com a taxa de reserva ovariana e infertilidade secundária do casal.
Em casos de infecção, medicamentos serão ministrados para solucionar o problema. Ou, se necessário, alguma intervenção cirúrgica poderá ser feita para desobstruir canais ou retirar inflamações, como endometriose.
De acordo com a complexidade do problema, podem ser sugeridas técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial, em que o espermatozoide é implantado diretamente no útero, após o estímulo hormonal para que o órgão facilite a fixação do embrião.
Além dessa alternativa, há a possibilidade da fertilização in vitro, na qual o material genético passa por um tratamento de preservação antes de ser fecundado. Então, o embrião é fixado no útero, aumentando as chances de gravidez.
A Mini-FIV, por sua vez, induz a produção de óvulos, focando na sua qualidade. A decisão de qual tratamento fazer partirá do especialista ao avaliar o quadro de infertilidade secundária do casal.
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